Em coletiva de imprensa para detalhar as medidas, o secretário-executivo
da pasta, Marcelo Guaranys, disse que o objetivo da medida é conter o
avanço da inflação no país.
"Sabemos que essas medidas não
revertem a inflação, mas aumentam a contestabilidade dos mercados.
Então, o produto que está começando a crescer muito de preço, diante da
possibilidade maior de importação, os empresários pensam duas vezes
antes de aumentar tanto o produto. Essa é a nossa lógica com esse
instrumento".
Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, fechou em 1,06%. Foi o
índice mais alto para um mês de abril desde 1996 (1,26%). Segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que calcula o
IPCA, a inflação acumulada em 12 meses está em 12,13%.
Segundo
secretária da Câmara de Comércio Exterior, Ana Paula Repezza, a redução
de impostos entram em vigor a partir de amanhã (12) e valem até o dia 31
de dezembro deste ano.
Os produtos alimentícios que tiveram a alíquota de importação totalmente zeradas são:
carnes desossadas de bovino, congeladas (imposto era de 10,8%);
pedaços de miudezas, comestíveis de galos/galinhas, congelados (imposto era de 9%);
farinha de trigo (imposto era de 10,8%);
outros trigos e misturas de trigo com centeio, exceto para semeadura (imposto era de 9%);
bolachas e biscoitos, adicionados de edulcorante (imposto era de 16,2%);
outros produtos de padaria, pastelaria, indústria de biscoitos, etc. (imposto era de 16,2%) e
milho em grão, exceto para semeadura (imposto era de 7,2%).
O
Ministério da Economia informou que o impacto com a renúncia tributária
pode chegar a R$ 700 milhões até o final do ano. Não há necessidade de
compensação fiscal, por se tratar de um imposto regulatório, e não
arrecadatório.
"O imposto de importação tem uma função que não é
arrecadatória, a função dele é de regulação de mercado. O motivo por
trás é a regulação do mercado, seja para um lado, seja para o outro",
explicou o secretário-executivo adjunto da Camex, Leonardo Diniz Lahud.
Outras reduções
Além
de zerar a alíquota de importação de produtos alimentícios, a Camex
também reduziu ou zerou o imposto sobre outros produtos importados. Dois
deles são insumos usados na produção agrícola.
O ácido
sulfúrico, utilizado na cadeia de fertilizantes, teve alíquota de 3,6%
de imposto zerada. Já o mancozebe, um tipo de fungicida, teve o imposto
de 12,6% para 4%.
Foram reduzidos ainda os impostos de dois tipos
de vergalhão de aço, atendendo a um pleito do setor de construção
civil, e que já estava sob análise no Ministério da Economia. Esses
vergalhões, que tinham imposto de importação de 10,8%, agora vão pagar
4%.
"A característica mais importante desses pleitos e que os
diferenciam dos pleitos relacionados a alimentos, é que este é um pleito
que vinha sendo analisado tecnicamente no ministério há pelo menos oito
meses", justificou Ana Paula Repezza, sobre a redução na tarifa de
importação dos vergalhões de aço.
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Bolsonaro 22
ResponderExcluir#CapitaoVoltou
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